sábado, 17 de janeiro de 2009

Deus tem piedade, o JUSTICEIRO não

Em 2005, acompanhando o filme lançado nos cinemas, a Voliton produziu um game de ação do Punisher, conhecido aqui no Brasil como Justiceiro.

Diferente do filme, o game não conta a origem do "herói" (se é que podemos chamar disso um cara que executa maloqueiros cheiradores sem dó nem piedade), mas sim acompanhamos uma trama no presente momento, onde Frank Castle já é uma figura conhecida e principalmente temida nos becos e ruas do submundo.

O game é basicamente uma cópia de Max Payne: ação em terceira pessoa, a câmera se posiciona atrás do personagem, uma tonelada de balas passeando na tela durante os tiroteios e muito, muuuuuuuuuuuuito sangue. Mas o que torna esse game tão divertido?

Há duas coisas que tornam esse game muito legal de se jogar:

1 - MORTES ESPECIAIS: em determinados locais do cenário, você pode levar algum inimigo desgraçado e dar a ele a morte que esse maldito maconheiro merece. Desde topos de prédios a caixas de energia, passando por serras industriais e qualquer coisa pontiaguda que estiver por perto, tudo serve como local para uma execução com estilo;

2 - ENREDO: com uma história digna dos quadrinhos do Justiceiro, durante o game vários outros personagens da MARVEL fazem participações especiais, inclusive alguns que têm forte ligação com Frank Castle, como o Rei do Crime.

Os gráficos são bons, mas a movimentação dos personagens (incluindo o próprio Justiceiro) é bem genérica. Os cenários são bem feitos e acompanham bem o clima do jogo.

O audio também não decepciona. As músicas cumprem bem o seu papel, mas o principal são as vozes. Não digo as vozes em si, são mas dublagens bem toscas, mas os gritos dos personagens são os melhores. Coisas tipo "OH MY GOD, IT'S THE FUCKIN' PUNISHER", "WE'RE GONNA DIE, MAN" ou "KILL THAT BASTARD" são comuns de se ouvir dos malditos traficantes que tiveram a infelicidade de cruzar o caminho do Justiceiro. Isso dá um gosto ainda maior de matar esses malditos....

O fator replay não me animou muito. Vencendo as fases nos níveis de dificuldade maiores se consegue mais pontos e alguns itens secretos são liberados, mas cada fase é tão grande que quando você a acaba, não quer jogá-la de novo nos próximos 6 meses.

A jogabilidade é simples e viciante. Comandos fáceis de serem assimilados garantem uma curva de aprendizado rápida. Existe também no jogo uma espécie de "ataque de fúria" de Frank Castle. Há uma barra ao lado da barra de energia do Justiceiro, que quando cheia, possibilita acionar o "modo crazy mothafucker" de Frank Castle. A tela muda de cor, Castle começa a ouvir coisas dentro de sua cabeça, os tiros dos inimigos não tiram sua energia e ao invés das armas de fogo, Frank só atira facas nos inimigos. Da hora, mas é coisa de louco mesmo.

Enfim, vale a pena. Principalmente no final daquele dia em que você ouviu merda de todo mundo, nada melhor que matar uns maconheiros pra acalmar os nervos.

NOTAS:
Gráficos: 7
Audio: 8
Jogabilidade: 8
Enredo: 9
Fator Replay: 6

SCORE FINAL: 8, afinal matar um esquadrão de traficantes que não farão falta alguma ao mundo é muito divertido

Abraço!

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