quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

O ponto fraco da série: Metal Gear Solid 2: Sons of Liberty


Em 2001 a KONAMI lançou para o PlayStation 2 a continuação de seu maior game para PS1. metal Gear Solid 2: Sons of Liberty foi lançado com grande expectativa e atendeu ao pedido dos fãs da série. Pelo menos na primeira hora de jogo.
Situado alguns anos após o incidente na Ilha Shodow Moses, Sons of Liberty começa com uma abertura linda. Em uma noite chuvosa, um homem caminha por uma ponte movimentada por muitos carros, usando uma capa de chuva preta. O homem está fumando. Ele joga o cigarro, começa a correr, e desaparece. Vemos a capa lançada ao ar, e apenas o "vulto" deste homem correndo, pulando da ponte e aterrissando em cima do navio que passa embaixo da ponte. Ao cair no navio, alguns feixes elétricos aparecem. A camuflagem stealth já era. O homem se revela: é Solid Snake, cabeludo e barbudo.

Snake está no navio para registrar a presença de um novo protótipo de Metal Gear na embarcação. Mas não se tratam de terroristas, e sim do próprio exército americano. Após o incidente em Shadow Moses, os dados de montagem do Metal Gear Rex rodaram o mercado negro, e o governo aproveitou para criar um novo modelo, o Metal Gear Ray.

Aí começa o gameplay. E a partir deste momento podemos ver o quão fascinante era o poder do PS2. Ao nocautear ou matar os guardas de vigilância do navio, o corpo dos caras não sumia! Você tinha que enfiar o cadáver do cara em algum armário, ou mesmo jogá-lo no mar, porque senão, o corpo ia ficar ali até alguém vê-lo. Se Snake ficar na chuva, ao entrar em um ambiente seco, deixará pegadas d'água por onde passar.

O interior do navio não é muito grande, mas é um lugar legal para se explorar e aprender os novos movimentos de Snake. Não é difícil cumprir a missão de encontrar o Metal Gear Ray e tirar fotos dele enquanto o General Scott Dolph discursa para os soldados ali presentes. Após enviar as fotos para Otacon, uma desagradável surpresa ocorre. Revolver Ocelot aparece no local e informa que está levando de volta o que pertence "mãe Rússia". Shalashaska, como Ocelot é conhecido por alguns, está com as duas mãos. Mas o Ninja não havia cortado uma fora em Shadow Moses?! Aí é que começa a viagem na maionese: Ocelot vê Snake e fica estranho. O velho muda sua voz e mostra o braço transplantado do cadáver de Liquid Snake. Parecendo estar possuído pelo irmão gêmeo de Snake, Ocelot entra no Metal Gear Ray e destrói o casco do navio para fugir. A água entra rapidamente e Snake não consegue sair. Seria esse o fim do melhor amigo do Otacon?

Dois anos depois, uma outra missão, um outro agente. Roy Campbell conversa com esse novo agente pelo CODEC, e solicita que este adote o codinome "Raiden". Bem mais jovem e afeminado que Solid Snake, Raiden está na Big Shell, uma estação para tratamento de água do mar. Um grupo terrorista chamado Dead Cell está no lugar, e tem algumas exigências para libertar os reféns, entre eles o Presidente. Controlando Raiden, o jogador começa a vasculhar o local e conhece pessoas bem estranhas:além dos membros do Dead Cell, há também Fortune, uma mulher que aparentemente não pode ser atingida por nenhum tiro, e Iruquois Plisskin, um soldado que está lá com o mesmo objetivo que Raiden: parar os terroristas. Plisskin na verdade é Solid Snake disfarçado, já que foi dado como morto após o incidente no navio, 2 anos atrás.

Os gráficos são soberbos. Lançado como o primeiro grande título do PS2, Sons of Liberty valeu o tempo de espera. Com boa movimentação dos personagens, cenários muito bem construídos e animações in-game em tempo real (assim como seu antecessor fez no PS1), o game é lindo.

O audio também não fica devendo. As dublagens são muito boas, e as músicas também são ótimas. Os sons dos cenários também são muito bons.

A jogabilidade melhorou muito. Aproveitando-se das vantagens que o controle Dual Shock 2 oferecia em, relação ao controle do PS1, o game usa e abusa dos botões de uma forma que você não se confunde e consegue movimentar bem o personagem.

O desafio é moderado, e o fato replay não é muito grande não, pois o game não oferece muitos extras para jogar novamente. O que vale a pena é zerar prestando atenção na história e nas mensagens que esta lhe transmite.



Um bom jogo, Sons of Liberty só pecou por não dar aos fãs aquilo que eles mais queriam: controlar Solid Snake mais uma vez. Jogando com Snake somente no prólogo do jogo (a missão do navio), os jogadores se decepcionaram por ter que comandar o afeminado Raiden por mais de 90% do jogo. Snake participa ativamente do desenrolar da missão na Big Shell, mas nós queríamos controlar o cara, não o Raiden. Hideo Kojima retrucou dizendo que fez isso de propósito, pois segundo ele, teríamos que ver a história do ponto de vista do Raiden para entendermos o que se passava. Sei, conta outra...

De qualquer forma, se você curtiu Metal Gear Solid para PS1, você tem que jogar esse jogo. Parte essencial para entender a trama principal da saga (assim como todos os demais games da série principal, sem contar os episódios Ac!d para PSP), Metal Gear Solid 2: Sons of Liberty nos mostrou parte do que o PS2 podia fazer. Mas o ápice veio mesmo com Metal Gear Solid 3: Snake Eater. Mas isso é papo pra outro dia.

NOTAS:
Gráficos: 10
Audio: 9
Jogabilidade: 9
Desafio: 8
Fator Replay: 6
Enredo: 10 (é muito confuso, mas se você fizer uma forcinha e também der uma olhada no Google, você entende)

SCORE FINAL: 8 (é Raiden, o jogo não tirou nota máxima POR SUA CULPA)

Abraço!

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