terça-feira, 13 de janeiro de 2009

O épico: Metal Gear Solid 3 - Snake Eater

Em 2004, vem ao mundo um game que marcou a vida de muitos gamers ao redor do planeta.

Atendendo à pressão dos fãs, Hideo Kojima decidiu produzir mais um episódio de sua consagrada saga Metal Gear Solid.

Kojima planejava encerrar a história em MGS2: Sons of Liberty, mas os fãs pediram tanto que ele resolveu criar mais um episódio da série. Todos pensavam que teríamos aqui a continuação da história de Sons of Liberty, mas fomos brindados com uma fantástica história passada nos anos 60, durante a Guerra Fria.

Ao invés de Solid Snake, temos aqui como protagonista Naked Snake. Roy Campbell também não é quem dá as ordens pelo CODEC, mas sim o Major Zero. Aliás, nem temos CODEC, e sim um rádio de comunicação, afinal, são os anos 60.

Com a missão de se infiltrar na Rússia e impedir o Coronel Volgin de utilizar um novo tipo de armamento militar, um tanque capaz de lançar ogivas nucleares, Naked Snake está sozinho nessa. Além dos vilões, Snake ainda terá que lidar com uma traição completamente inesperada.

Os gráficos do jogo são lindos. Os modelos dos personagens, os cenários, desde as florestas, montanhas até as instalações militares, as sequências em animação in-game, é tudo ótimo. Tudo feito no nível que os fãs da série esperavam. Tudo foi feito com muito cuidado para ficar exatamente do jeito que Kojima queria. Começando pelo Halo Jumping de Naked Snake na abertura até o emocionante final do game, tudo é lindo demais, ficando sempre equilibrado o estilo cinematográfico característico da série com o tom poético que é adicionado neste game.

A qualidade sonora também é inquestionável. As vozes são perfeitas e se encaixam perfeitamente para cada personagem. Destaque mais uma vez para David Hayter como Snake, sempre passando aquele tom de preocupação e pouca paciência. A voz do jovem Revolver Ocelot também merece ser citada como destaque. As músicas são um caso à parte. Até aqui, para mim são as melhores da série. Com umas pitadas do estilo das músicas de filmes como James Bond, Snake Eater tem uma música tema ótima.

Os comandos também são bons, fáceis de assimilar e bem funcionais. Reclamaram muito da falta de controle da câmera, mas na versão SUBSISTENCE esse comando foi adicionado. O game tem um sistema muito louco de cura para o Snake. Acessando o inventário, você tem o tópico CURE, onde você pode extrair balas e flechas, tratar ferimentos com bandagem, dar pontos em cortes profundos, livrar Snake de problemas estomacais e até mesmo reparar ossos quebrados. Problemas estomacais? Isso mesmo! Mas como o cara conseguiu passar mal no meio da missão? Simples: ele comeu uma planta ou um animal podre ou estragado. COMO ASSIM? Snake também pode matar ou apenas deixar insconscientes os animais que encontrar durante a missão, e capturá-los, mortos ou vivos. Estes animais é que serão o rango de Snake quando a barra de STAMINA (resistência física) do soldado começar a baixar. O problema é que se ficarem mortos e guardados por muito tempo, eles apodrecem. Plantas também podem ser coletadas e digeridas, mas cuidado com as plantas venenosas... Existe também o sistema que calcula a porcentagem de camuflagem de Snake no ambiente em que ele se encontra. Para ajudar a livrar a barra de Snake, ele possui algumas pinturas faciais e uniformes para se confundir com o ambiente local e passar despercebido pela vigilância inimiga. Novos uniformes e pinturas podem ser coletadas durante a missão.

O enredo continua sendo o ponto forte da trama neste game. Ao invés de responder as perguntas levantadas em Sons of Liberty, aqui são jogadas mais dúvidas no ar, e apenas nos é esclarecido como Big Boss ganhou esse título, e o motivo dele odiar tanto os Estados Unidos e ter se rebelado, criando então a nação-fortaleza de Outer Heaven (local onde acontece a primeira missão de Solid Snake, mostrada em Metal Gear, lançado em 1987 para o MSX). E ainda temos novos detalhes da história adicionados ao plot geral: Ocelot conhece Big Boss desde a década de 60, descobrimos de onde veio todo o dinheiro para o início dos Patriots, e também descobrimos qual foi o grupo secreto de pessoas que precedeu a criação dos Patriots. Porém, a maior dúvida continua: quem são os Patriots?

Essa dúvida viria a ser respondida somente em Metal Gear Solid 4: Guns of the Patriots, lançado em 2008 para PS3. Esse eu ainda não joguei, portanto não posso resenhá-lo, infelizmente.

Snake Eater ainda tem alguns extras: uma batalha contra macacos em alguns cenários baseados em locais da missão principal, e na versão SUBSISTENCE, temos também a opção de ver todas as cut-scenes do jogo.

É um jogaço. Vale a pena jogar com certeza.

NOTAS:
Graficos: 10
Audio: 10
Jogabilidade: 10
Enredo: 10
Fator Replay: 10

SCORE FINAL: 10 sem nem parar pra pensar

Se você já zerou ou um dia zerar esse jogo, me diga: você chorou no final?

Eu chorei.

Abraço!

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